Norte-nordeste 88, uma verdadeira INvolução!!!

As regiões Norte e Nordeste estão em pleno crescimento desde aproximadamente 2006, quando vários eventos regionais voltaram a acontecer de forma sistemática. Até o ano passado a coisa só crescia e tivemos um ano maravilhoso cheio de eventos para disputar! Os estados do Ceará e Amazonas mostraram que estão um passo à frente com relação aos demais. 2008 marca também a entrada do time do Náutico (leprentos) em eventos oficiais CBDA já conquistando diversos títulos.

Ano passado tivemos campeonatos Norte-nordeste sub-20, sub-16 e adulto masculino, Norte-nordeste adulto feminino, além do Interfederativo sub-18 masculino. O melhor e maior evento do ano passado foi o evento sub-20 (88), o mesmo que será realizado no próximo fim de semana em Fortaleza. Este evento somou 8 equipes, sendo duas do Ceará, uma de Amazonas, duas de Pernambuco, uma da Paraíba, uma de Sergipe e uma do Rio Grande do Norte, sendo um dos maiores em número de times em todo o país no ano de 2008.

Infelizmente fiquei sabendo pela nossa presidente (FCDA) Ione Borges, que no evento sub-21 deste ano, só se inscreveram 3 equipes, sendo duas do Ceará e uma de Amazonas, que sempre marca presença em todos os campeonatos. E aí me pergunto, como um evento que contou com 8 times há um ano atrás pode contar com apenas 3 este ano? A categoria não mudou, os atletas são os mesmos, o que justifica a ausência de tantos times? Dos 4 primeiros colocados do ano passado, apenas Náutico e Amazonense irão marcar presença na disputa deste ano, o time da Paraíba, que junto com Amazonas apresentou o melhor pólo aquático do evento anterior, onde está? O time do Sport, atual vice-campeão, o que houve? O pessoal de Natal que ostenta o que todos nós sonhamos, que é a possibilidade de ter muitos praticantes e ainda por cima em colégios, não vem porquê?

Sabemos que a CBDA deve ajudar mais do que já ajuda, tanto nas regiões fora do eixo Rio-SP como também do eixo Rio-SP, porém nada justifica a ausência de tantos times em um evento tão importante de nossa região. Recentemente, nós (Náutico, "leprentos"), demos um exemplo de que querer é poder, quando se quer realmente e se busca um objetivo. Mesmo o nosso clube não tendo as melhores condições financeiras, 90% dos nossos atletas serem jovens de baixa renda e não termos qualquer patrocínio, conseguimos viabilizar uma viagem ao Rio de Janeiro em um valor total de R$ 6000,00 reais para a disputa de um sonhado Campeonato Brasileiro. É bem verdade que fomos bastante ajudados por pessoas que amam o esporte e que acreditaram no nosso sonho, porém o grande esforço foi nosso, de nossa comissão técnica e principalmente nossos atletas.

Outro exemplo claro de que querer é poder, é o pessoal raçudo de Manaus, que diga de passagem estão presentes em todos os campeonatos, mesmo não sendo tão humildes como nossos atletas do Náutico, eles moram a milhares de Km de qualquer evento, e tem que viabilizar verbas que equivalem ao preço de um carro novo, mesmo assim sempre marcam presença. Deve ser por isso que também ostentam um bom nível de pólo aquático.

Na minha pouco experiência no pólo aquático cansei de ver pessoas que só reclamam, que não tem apoio algum, que por isso o pólo aquático não cresce e blá blá blá. Porém se queremos ver o pólo crescer, devemos cada um fazer a nossa parte, independente da ajuda de fulano ou sicrano, pois quando se quer algo e se trabalha pra isso, mais cedo ou mais tarde se conquista. É bem verdade que ainda nos falta mais apoio, mas precisamos reconhecer também as ações da CBDA quando são feitas, como é o caso do Interfederativo 2008, Clínica de Técnicos 2008 (Rio de Janeiro), Clínica de Arbitragem 2009 (Rio de Janeiro), Clínica de Novos Talentos 2009 (Rio de Janeiro) e a Clínica Virtual. Além de provavelmente uma seleção sub-21 sair desse campeonato agora e ir disputar um brasileiro no eixo Rio-SP, palavras ditas a mim pelo próprio Sr. Coaracy Nunes (presidente da CBDA).

Mais do que nunca é hora de agir, pois cada vez mais a "chama" no Norte-nordeste vem numa crescente, se deixarmos apagar será difícil de acendê-la novamente.